Por que o modelo de entrevista de 2000 ainda trava brasileiros em 2025?
A série Chaves era a velha guarda.
A piada que venceu por décadas: quando o barril deixa de ser esconderijo, vira uma lembrança.
O mesmo vale pro inglês em entrevista. Muitos brasileiros continuam usando estruturas, frases prontas e a vergonha antiga do idioma — como se estivéssemos presos no ano 2000.
A entrevista mudou.
O mercado mudou.
Mas seu inglês ainda continua estagnado, meu amigo.
É curioso como o brasileiro ainda idolatra personagens e comportamentos dos anos 70, como vimos na reportagem da Exame sobre os 50 anos do Chaves (confira aqui).
Só que, no mercado de trabalho atual, repetir padrões ultrapassados é receita certa para o fracasso — especialmente em entrevistas em inglês.
1. “I have 30 years” ao invés de “I’m 30 years old”
Parece bobeira, mas errar o verbo ‘have’ dá um sinal claro: domínio técnico frágil.
Esse deslize quebra a credibilidade logo no início, antes mesmo do entrevistador avaliar seu conteúdo.
2. Português na hora de montar frase
Construções tipo “I need to accomplish my tasks” podem soar corretas, mas se vêm com cara de tradução literal, expõem falta de fluência real.
Collocations existem por um motivo: quem os domina soa natural, autêntico.
Quem traduz, soa travado.
3. Pronúncia de sons que travam respostas
Alguns erros viram bloqueio emocional. O ‘th’ vira ‘d’, o ‘r’ vira rrr, o ‘h’ vira silêncio total. Cada trava gera hesitação nova e provoca insegurança na próxima pergunta.
4. Respostas vagas e genéricas
“Eu sou proativo”, “trabalho bem em equipe” — em inglês, isso vira: “I have a good attitude…”.
Isso não convence.
É genérico.
Falta narrativa.
Evade o problema real: você precisa ilustrar habilidades com exemplos nítidos.
5. Frases decoradas que não funcionam
Aquela tentativa de soar fluente com “I thrive in fast-paced environment”.
Se soa memorizado, parece artificial. A entrevista exige presença, não um script ensaiado.
Você pode saber 90% do vocabulário, mas hesitar na hora de responder a pergunta:
“What was your biggest challenge at work?”
Isso não é falta de inglês, é medo.
É querer esconder que tem sotaque, que erra verbo, que falta coesão.
Isso paralisa o raciocínio — e compromete suas chances
Quando o programa exibe cenas onde ninguém se coloca no lugar do outro, o espectador percebe a rigidez da lógica antiga.
Algo semelhante acontece numa entrevista em inglês: quem segue no mesmo padrão de hoje o entrevistador nem escuta.
Ele quer autenticidade, clareza, ação.
Não quer ver seu medo traduzido em um script.
Não adianta decorar técnica.
A inteligência artificial evoluiu, o modelo de seleção é diferente.
Em 2025, recrutadores esperam:
Linguagem estruturada, não algo improvisado de qualquer jeito.
Impacto mensurável, não generalidade.
Alinhamento entre seu conteúdo e a cultura da empresa.
Se seu inglês parece arcaico, sua postura soa inconsistente.
E aí a vaga vai para quem se comunicou com clareza, segurança e naturalidade.
1. Corrija os mini-travamentos gramaticais
Treine suas respostas sobre sua experiência usando estruturas afirmativas simples, corretas e naturais.
2. Evite traduzir do português
Use frases que nativos usam. Por exemplo: “I led a project…” em vez de “I was leading a project…”
3. Pratique pronúncias difíceis até soar confortável — mesmo que leve tempo.
4. Conte histórias reais com começo, meio e fim
Ao invés de “I am proactive”, fale “At company X, I noticed X, took Y action, and achieved Z result.”
Pare de organizar ideias como engenheiros que contam história em bullet points, isso não envolve e não gera empatia
5. Deixe o script raso e automático
Treinar é bom.
Decorar não.
Simule uma entrevista inteira, com feedback que te force a sair da zona confortável.
> “Eu travava toda vez que tentavam me interromper. Aprendi a responder curto até entender a pergunta, depois construo a resposta.”
— Juliana, executiva em Irlanda
> “Era péssimo com ‘th’. Até que pratiquei esses sons durante três semanas. Hoje sou referência em apresentação internacional.”
— Rafael, consultor na Holanda
Estes brasileiros superaram seus próprios bloqueios — e hoje conquistam empresas globais sem drama.
Se o problema principal não é o idioma: é o modo como você estrutura pensamentos sob pressão.
O coaching que você encontra aqui vai:
Apagar bloqueios mecânicos
Substituir frases decoradas por clareza de raciocínio
Trazer postura de liderança — mesmo com sotaque
E se você está em busca de algo mais específico, já organizamos tudo em um só lugar: acesse o hub de entrevistas por cidade e veja como nos adaptamos à sua realidade local, seja em SP, BH, Florianópolis ou até fora do Brasil.
Se continuar no jeito antigo, vai continuar travando. Mas se fizer escolhas raiz (esqueça o mundo nutella) — treino estratégico, simulações reais, consciência emocional — seu inglês para entrevista vira um diferencial, não barreira.
👉 Se você quer um caminho direto, sem enrolação, online e com foco real no seu perfil, esperamos por você no nosso treinamento.

Chloe Newman é responsável por produção de conteúdo didático e conteúdo para o site. Atua a mais de 15 anos no ramo da educação na qual possui formação em pedagogia e psicologia. Chegou a escola devido a sua paixão pelo idioma inglês.
Comments
No Responses to “Por que seu inglês de entrevista ainda está parado em 2000?”
No comments yet.