O Fundo de Investimento em Cadeias Agroindustriais (Fiagro) é uma inovação financeira que busca democratizar o acesso ao setor agropecuário brasileiro, historicamente dominado por grandes capitais.
Criado sob a égide (amparo) da Lei nº 14.130 de 2021, o Fiagro permite que pequenos e médios investidores apliquem recursos em uma variedade de ativos ligados ao agronegócio, como terras e atividades produtivas, diversificando assim as oportunidades de investimento além do tradicional mercado imobiliário.
A tributação dos ganhos de capital dos Fiagros, fixada em 20% tanto para pessoas físicas quanto jurídicas, segue o modelo dos fundos imobiliários, com a diferença de que os rendimentos distribuídos às pessoas jurídicas são tributados, enquanto os investidores individuais gozam de isenção.
Essa política tributária pode influenciar as decisões de investimento, levando à preferência por opções consideradas mais seguras e menos propensas ao desenvolvimento, como os títulos do Tesouro.
Em 2023, o agronegócio foi responsável por quase um quarto do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil, evidenciando a relevância do Fiagro no panorama econômico nacional.
Mas a possibilidade de alterações na tributação desses fundos gera apreensão no setor.
O temor é que tais mudanças possam desestimular o aporte de investimentos privados, essenciais para o financiamento do agronegócio, especialmente diante da insuficiência do Plano Safra governamental em suprir a demanda anual de crédito, estimada em R$ 1 trilhão.
A indústria agropecuária, com um patrimônio robusto e milhões de brasileiros dependentes, enfrenta um cenário de incerteza que pode afetar sua capacidade de sustentar e expandir a produção agrícola nacional.
Fonte: CNN Brasil
Encontrou algum erro no artigo? Avise-nos.
Comments
No Responses to “Perigo de taxação de fundos agro e imobiliária se torna alvo de alerta de especialista”
No comments yet.