A administração argentina de Javier Milei começou bem nas questões macroeconômicas, segundo o Bank of America (BofA).
Um ajustamento orçamental acima das expectativas, uma depreciação substancial da moeda, uma rápida acumulação de reservas e um recente acordo com o Fundo Monetário Internacional (FMI) estiveram entre os factores positivos sublinhados pela equipa do BofA, segundo o relatório assinado por Sebastian Rondeau .
Ganhos imprevisíveis nos preços das obrigações ocorreram depois de o banco central ter elogiado pronunciamentos “decisivos” para estabilizar as contas externas e reduzir o défice orçamental.
Com um ajustamento resoluto de 5% do PIB, 3% dos quais proviriam de cortes nas despesas e 2% de iniciativas de receitas, a administração estabeleceu uma meta orçamental equilibrada para 2024.
Apesar do tom optimista, a análise do BofA destaca vários obstáculos, tais como os efeitos da redução dos subsídios à energia. Embora prevejam uma recessão mais grave com impacto nas receitas públicas no primeiro trimestre, estão optimistas de que as receitas serão sustentadas no segundo trimestre.
No longo prazo, os cortes de gastos e a expansão do mercado formal deverão substituir os aumentos de impostos, de acordo com as projeções do BofA, que indicam um superávit primário de 1% do PIB em 2024.
A Argentina conseguiu acumular reservas cambiais substanciais devido à depreciação de o peso e a persistência dos controles de capitais.
Além disso, a análise prevê que se a taxa de câmbio for liberalizada gradualmente, a disparidade entre as taxas oficiais e paralelas diminuiria.
Em contraste com o défice de 4,4% em 2023, prevê-se um excedente da balança corrente de 1% do PIB em 2024.
Depois de um aumento de 211% no final de 2023 e de 25,5% em dezembro, a equipa do BofA reconhece a dificuldade da situação inflacionária.
Embora a organização veja a inflação como um ajustamento temporário após a desvalorização e a desregulamentação, emite um alerta relativamente aos ajustamentos de preços relativos iminentes que deverão afetar a inflação de Janeiro a Abril de 2024.
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Fonte: CNN Brasil
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