Jeffrey Odwazny, morador de Chicago, carrega desde a infância o peso de uma dependência severa de alimentos ultraprocessados. Esta compulsão, que começou com uma irresistível atração por doces, evoluiu para comportamentos de esconder e furtar comida.
Pesquisas apontam que cerca de 12% das crianças americanas apresentam sintomas que lembram os de dependência química, um dado alarmante que reflete a gravidade do problema.
A especialista Ashley Gearhardt, da Universidade de Michigan, tem sido pioneira no estabelecimento de critérios para o diagnóstico de vício alimentar, uma condição que pode levar ao isolamento social e à priorização da comida em detrimento de outras atividades vitais.
O impacto desse vício não se restringe à infância; estima-se que 14% dos adultos também sejam afetados, especialmente por alimentos ricos em açúcar, sal e gordura.
Aos 54 anos, Odwazny reconhece que traumas de infância e o ambiente familiar contribuíram para o agravamento de seu transtorno, que resultou em múltiplas crises de saúde.
Apesar de ter tentado diversos tratamentos, inclusive a cirurgia bariátrica, foi um programa integrado de tratamento para transtornos alimentares e dependência que trouxe resultados efetivos.
A ciência revela que os alimentos ultraprocessados são formulados para disparar a liberação de dopamina, criando um ciclo vicioso comparável ao provocado por substâncias como álcool e tabaco.
Esse mecanismo neuroquímico dificulta a abstinência, mesmo diante da consciência dos riscos à saúde.
Hoje, com a vida em recuperação e o apoio da esposa, Odwazny se dedica a se tornar um conselheiro certificado em dependência química, encontrando na combinação de tratamento e suporte familiar a chave para superar o vício que quase lhe custou a vida.
Fonte: CNN Brasil
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