Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), 5,8% dos brasileiros, ou 11,7 milhões de pessoas, sofrem de depressão, tornando-o o país com maior incidência de depressão na América Latina.
No continente, a taxa só perde para a dos EUA (5,9%). Esta situação é influenciada por uma série de fatores, incluindo o estigma social, a incapacidade de obter tratamento público de alta qualidade e a falta de procedimentos de cuidados.
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Os especialistas alertam para o aumento do risco associado à pobreza, ao desemprego e a acontecimentos da vida, como a perda de um ente querido e problemas com álcool e drogas, apontando para a crescente prevalência de doenças mentais em todo o mundo.
Diz-se que a saúde mental dos brasileiros é afetada por uma série de fatores, incluindo a elevada carga tributária, o baixo salário médio e a necessidade de trabalhar mais para obter serviços básicos.
Outra questão mencionada é o estigma histórico associado às doenças mentais, que demonstrou causar atrasos no diagnóstico e exacerbação da doença.
A rede pública apresenta claramente desigualdade no acesso à atenção especializada devido à escassez de profissionais.
Dentro do Sistema Único de Saúde (SUS), o Brasil tem apenas 19 psicólogos para cada 100 mil pessoas, em comparação com mais de 40 profissionais em alguns países europeus.
Em comparação com os homens, as mulheres têm duas vezes mais probabilidade de serem diagnosticadas com depressão.
Barreiras incluem a deficiência de um protocolo eficiente na rede pública e o desafio de obter psicoterapia.
Os especialistas sublinham a necessidade de diagnóstico precoce e tratamento adequado ao defenderem o aumento do financiamento governamental para a saúde mental.
A necessidade de tratamento de saúde mental ainda é grande, e o estigma ainda existe, apesar das alegações do Ministério da Saúde de estar a tentar alargar o acesso aos serviços de saúde mental.
Isto destaca a importância das campanhas para combater a psicofobia e promover a sensibilização.
Fonte: BBC Brasil
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